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sábado, 2 de junho de 2012

O Mensalão Já Foi Julgado! Todos Culpados!

Celso Daniel
É isso! Não adianta pedir por um julgamento justo. O Mensalão já foi julgado. E todos são culpados. A Velha Mídia já bateu o martelo e a direita raivosa, incompetente e (tu)canalha avalizou!
No Brasil, a verdade não possui a menor importância! A versão fantasiosa, romântica ou conspiratória é muito mais importante. Exemplo? Caso Celso Daniel. Foi investigado pela Polícias Federal e Estadual de São Paulo; foi investigado pelo Ministério Público e todas estas instituições chegaram à mesma conclusão: Crime Comum! Mas isso não é importante! A versão válida é que o PT mandou matar o Prefeito Celso Daniel por que ele iria delatar as maracutaias (até agora não provadas) dentro da Prefeitura de Santo André. Versão esta mantida pela vendida Velha Mídia e confirmada como verdade absoluta pela Direita Demotucanalha. E o povo acredita...
O Mensalão não vai ser diferente! José Dirceu, Genuíno e Jefferson (que foi cassado por não provar a existência do Mensalão e já desmentiu esta existência) já foram condenados; mesmo que sejam absolvidos!

O Mensalão Já Foi Julgado! Todos Culpados!

Celso Daniel
É isso! Não adianta pedir por um julgamento justo. O Mensalão já foi julgado. E todos são culpados. A Velha Mídia já bateu o martelo e a direita raivosa, incompetente e (tu)canalha avalizou!
No Brasil, a verdade não possui a menor importância! A versão fantasiosa, romântica ou conspiratória é muito mais importante. Exemplo? Caso Celso Daniel. Foi investigado pela Polícias Federal e Estadual de São Paulo; foi investigado pelo Ministério Público e todas estas instituições chegaram à mesma conclusão: Crime Comum! Mas isso não é importante! A versão válida é que o PT mandou matar o Prefeito Celso Daniel por que ele iria delatar as maracutaias (até agora não provadas) dentro da Prefeitura de Santo André. Versão esta mantida pela vendida Velha Mídia e confirmada como verdade absoluta pela Direita Demotucanalha. E o povo acredita...
O Mensalão não vai ser diferente! José Dirceu, Genuíno e Jefferson (que foi cassado por não provar a existência do Mensalão e já desmentiu esta existência) já foram condenados; mesmo que sejam absolvidos!

Nelson Jobim: "Não Falo Mais Com Esse Cara!"


Em entrevista ao colunista Jorge Bastos Moreno, do Globo, ex-ministro da Justiça, Nélson Jobim, afirma ter rompido definitivamente a amizade com o ministro do STF, Gilmar Mendes; Moreno é o mesmo que via duplo sentido no desmentido de Jobim em relação à reportagem de Veja
Uma semana atrás, o colunista Jorge Bastos Moreno, do jornal O Globo, foi o primeiro a contestar o desmentido de Nélson Jobim sobre o teor da conversa, em seu apartamento, entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Moreno via certo “duplo sentido” na negativa de Jobim a respeito da suposta chantagem exercida por Lula sobre Gilmar. Ou seja, ele negava, mas não negava.
Neste sábado, o jornal O Globo publica entrevista de Jobim ao próprio Moreno, onde o ex-ministro da Justiça não economiza palavras para deixar clara a sua posição. “Não falo mais com esse cara! Depois do que ele fez, não quero mais conversa!”, disse o ex-ministro da Justiça, sobre Gilmar.
Jobim e Gilmar eram parceiros num projeto comum, de resgate da memória da Constituinte, que proclamou a Constituição brasileira pós-redemocratização, em 1988. Os dois teriam um encontro para tratar do assunto na última segunda-feira, que foi desmarcado diante da polêmica criada pela reportagem de Veja, a quem Jobim só aceitou falar a pedido de José Serra.
Eis, abaixo, o diálogo entre Nélson Jobim e Jorge Bastos Moreno:
- Acabou! Não tem mais sentido esse projeto! – disse Jobim.
- Por quê?
- Não, não, acabou! Não falo mais com esse cara! Depois do que ele fez não tem mais conversa!
- Mas os senhores eram tão amigos!
- E esse assunto acabou! Não falo mais sobre isso!
- Dizem que o senhor teria confirmado tudo a amigos – disse Moreno.
- Não quero saber disso. Esquece. Eles que são brancos que se entendam! – respondeu um quase já estourado Nélson Jobim.
Moreno já desistiu da tese do duplo sentido. Veja ainda insiste. Num texto intitulado “Jobim mata a cobra mas não mostra o pau”, a revista recorreu ao ex-presidente americano Lyndon Johnson: “A coisa mais importante que um homem tem para lhe dizer é o que ele está tentando não dizer.”
Jobim, aparentemente, já disse tudo.

Fonte: Brasil 247

ONU: 170 medidas em prol dos Direitos Humanos no país

ONU: 170 medidas em prol dos Direitos Humanos no país
Publicado em 31-Mai-2012
Em entrevista, deputado Domingos Dutra fala ao blog sobre o tema... ImageO Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) encaminhou uma série de recomendações ao Brasil. Ao todo foram propostas 170 medidas. Algumas, polêmicas, como a supressão da Polícia Militar (PM). Outras absolutamente necessárias, como dar um fim nos “esquadrões da morte”, herança maldita da época da ditadura que insiste em se manter entre nós, assassinando principalmente pobres negros e mulatos das periferias nas grandes regiões metropolitanas.

Foram sugeridas, também, a reforma do nosso sistema penitenciário, a revisão dos programas de formação em direitos humanos das nossas forças de segurança, o combate à impunidade e as investigações tanto dos crimes cometidos por agentes públicos, quanto dos cometidos contra ativistas de direitos humanos e juízes. A garantia de recursos para que a Comissão da Verdade possa reconhecer os direitos das vítimas à justiça também mereceu destaque por parte da ONU.

A avaliação das Nações Unidas é parte do relatório do Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico Universal (EPU) do Brasil. Ela se dá após o encontro do Conselho da ONU, em Genebra, no último dia 25, que contou com a participação da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário (confira o discurso da ministra). Um dos participantes do evento, o deputado Domingos Dutra (PT/MA), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, falou ao blog sobre essas discussões.

Embora não trate somente desta questão na entrevista, a frase a seguir dá uma boa pista sobre o pensamento do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara: “Nós temos que radicalizar a democracia no país e esse processo passa por uma divisão das responsabilidades. Não entendo por que os municípios estão fora desta questão da segurança pública”.

Deputado, como o sr. avalia as recomendações da ONU na área de direitos humanos?

Image
Domingos Dutra
[Domingos Dutra] O item principal dos questionamentos destes 60 países que compõem o Conselho foi sobre o sistema carcerário brasileiro. Também foram feitas muitas referências às execuções dos grupos de extermínio e aos assassinatos praticados por policiais fora do horário de trabalho.

Nós, da Comissão de Direitos Humanos, estamos com a intenção de priorizar o debate sobre a unificação das polícias, a humanização do aparato policial e a intensificação das polícias comunitárias. Hoje, o número de assassinatos por policiais durante o exercício da função sob alegação de resistência é muito alto, bem como o envolvimento de policiais com o crime organizado. Nós temos de fazer um amplo debate que passa pela melhoria das condições salariais, aumento do efetivo – o número de policiais relativo ao da população é muito pequeno –, reequipar as polícias e fortalecer o serviço de inteligência. Precisamos urgentemente levar os direitos humanos para dentro dos quartéis e das delegacias. A insegurança promovida pelas forças policiais é muito grande.

Em relação à unificação das polícias, qual o entrave?

[Domingos Dutra] Esse é um debate que se trava há muito tempo. O PT discute há anos essa questão. Há muito conflito. Existe uma guerra não apenas entre a polícia militar e a civil, mas entre a civil e o Ministério Público para saber quem tem primazia nas investigações. A Comissão de Segurança até hoje não fez nenhuma discussão a respeito. Por isso nós, da Comissão de Direitos Humanos, estamos inclinados a convidar especialistas, autoridades, parlamentares para fazê-lo. Mesmo porque é a população que está pagando o pato por essas disputas e pelas carências que o sistema de segurança tem. Os mais pobres que estão na periferia, os moradores de rua, enfim, os que estão incluídos na nossa temática de direitos humanos.

Nosso objetivo é transformar a Comissão de Direitos Humanos em um espaço de discussão sobre este tema. Segurança pública não é apenas tratar de armas, de polícia bem treinada. Ela deve ser vista na perspectiva da cidadania, mesmo porque as estatísticas de homicídios hoje no país revelam que eles estão centralizados nas áreas mais pobres. Nas regiões ricas do Rio e de São Paulo, esses índices equivalem aos da Suécia e da Suíça. Agora, vai lá na perifeira carioca ou paulistana: as taxas são iguais às dos países mais pobres da África. Esse debate tem de ser feito urgentemente.

Como o sr. avalia os esforços em termos de segurança pública hoje no país?

[Domingos Dutra] Desde o governo Lula tem havido um esforço muito grande no sentido da União participar mais da segurança pública. A Constituição estabelece que a segurança pública é uma obrigação dos governos estaduais; já a segurança nacional, do espaço aéreo, das fronteiras etc., está nas mãos do governo federal.

O problema é que com a violência nos patamares que hoje se encontra, a União precisou atuar com mais força na segurança pública. Não pode mais deixar apenas nas mãos dos governos estaduais. Exemplo disso é o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI) do Ministério da Justiça. Temos, ainda, a construção dos presídios federais para isolar lideranças de organizações criminosas. O trabalho, agora desenvolvido, com a população carcerária ... e tantos outros.

Nós temos que radicalizar a democracia no país e esse processo passa por uma divisão das responsabilidades. Não entendo por que os municípios estão fora desta questão da segurança pública. Como você pode deixar a capital paulista, com mais de 15 milhões de habitantes, sem responsabilidade sobre segurança pública?
Em entrevista, deputado Domingos Dutra fala ao blog sobre o tema... ImageO Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) encaminhou uma série de recomendações ao Brasil. Ao todo foram propostas 170 medidas. Algumas, polêmicas, como a supressão da Polícia Militar (PM). Outras absolutamente necessárias, como dar um fim nos “esquadrões da morte”, herança maldita da época da ditadura que insiste em se manter entre nós, assassinando principalmente pobres negros e mulatos das periferias nas grandes regiões metropolitanas.

Foram sugeridas, também, a reforma do nosso sistema penitenciário, a revisão dos programas de formação em direitos humanos das nossas forças de segurança, o combate à impunidade e as investigações tanto dos crimes cometidos por agentes públicos, quanto dos cometidos contra ativistas de direitos humanos e juízes. A garantia de recursos para que a Comissão da Verdade possa reconhecer os direitos das vítimas à justiça também mereceu destaque por parte da ONU.

A avaliação das Nações Unidas é parte do relatório do Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico Universal (EPU) do Brasil. Ela se dá após o encontro do Conselho da ONU, em Genebra, no último dia 25, que contou com a participação da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário (confira o discurso da ministra). Um dos participantes do evento, o deputado Domingos Dutra (PT/MA), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, falou ao blog sobre essas discussões.

Embora não trate somente desta questão na entrevista, a frase a seguir dá uma boa pista sobre o pensamento do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara: “Nós temos que radicalizar a democracia no país e esse processo passa por uma divisão das responsabilidades. Não entendo por que os municípios estão fora desta questão da segurança pública”.

Deputado, como o sr. avalia as recomendações da ONU na área de direitos humanos?

Image
Domingos Dutra
[Domingos Dutra] O item principal dos questionamentos destes 60 países que compõem o Conselho foi sobre o sistema carcerário brasileiro. Também foram feitas muitas referências às execuções dos grupos de extermínio e aos assassinatos praticados por policiais fora do horário de trabalho.

Nós, da Comissão de Direitos Humanos, estamos com a intenção de priorizar o debate sobre a unificação das polícias, a humanização do aparato policial e a intensificação das polícias comunitárias. Hoje, o número de assassinatos por policiais durante o exercício da função sob alegação de resistência é muito alto, bem como o envolvimento de policiais com o crime organizado. Nós temos de fazer um amplo debate que passa pela melhoria das condições salariais, aumento do efetivo – o número de policiais relativo ao da população é muito pequeno –, reequipar as polícias e fortalecer o serviço de inteligência. Precisamos urgentemente levar os direitos humanos para dentro dos quartéis e das delegacias. A insegurança promovida pelas forças policiais é muito grande.

Em relação à unificação das polícias, qual o entrave?

[Domingos Dutra] Esse é um debate que se trava há muito tempo. O PT discute há anos essa questão. Há muito conflito. Existe uma guerra não apenas entre a polícia militar e a civil, mas entre a civil e o Ministério Público para saber quem tem primazia nas investigações. A Comissão de Segurança até hoje não fez nenhuma discussão a respeito. Por isso nós, da Comissão de Direitos Humanos, estamos inclinados a convidar especialistas, autoridades, parlamentares para fazê-lo. Mesmo porque é a população que está pagando o pato por essas disputas e pelas carências que o sistema de segurança tem. Os mais pobres que estão na periferia, os moradores de rua, enfim, os que estão incluídos na nossa temática de direitos humanos.

Nosso objetivo é transformar a Comissão de Direitos Humanos em um espaço de discussão sobre este tema. Segurança pública não é apenas tratar de armas, de polícia bem treinada. Ela deve ser vista na perspectiva da cidadania, mesmo porque as estatísticas de homicídios hoje no país revelam que eles estão centralizados nas áreas mais pobres. Nas regiões ricas do Rio e de São Paulo, esses índices equivalem aos da Suécia e da Suíça. Agora, vai lá na perifeira carioca ou paulistana: as taxas são iguais às dos países mais pobres da África. Esse debate tem de ser feito urgentemente.

Como o sr. avalia os esforços em termos de segurança pública hoje no país?

[Domingos Dutra] Desde o governo Lula tem havido um esforço muito grande no sentido da União participar mais da segurança pública. A Constituição estabelece que a segurança pública é uma obrigação dos governos estaduais; já a segurança nacional, do espaço aéreo, das fronteiras etc., está nas mãos do governo federal.

O problema é que com a violência nos patamares que hoje se encontra, a União precisou atuar com mais força na segurança pública. Não pode mais deixar apenas nas mãos dos governos estaduais. Exemplo disso é o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI) do Ministério da Justiça. Temos, ainda, a construção dos presídios federais para isolar lideranças de organizações criminosas. O trabalho, agora desenvolvido, com a população carcerária ... e tantos outros.

Nós temos que radicalizar a democracia no país e esse processo passa por uma divisão das responsabilidades. Não entendo por que os municípios estão fora desta questão da segurança pública. Como você pode deixar a capital paulista, com mais de 15 milhões de habitantes, sem responsabilidade sobre segurança pública?

FRASES E TRECHOS DE FILMES FAMOSOS


“Mantenha seus amigos por perto, mas seus inimigos mais perto ainda” – O Poderoso Chefão
“Francamente, minha querida, eu não dou a mínima” – …E o vento Levou
“Só um vagueia. Dois juntos, vão a algum lugar.” – Um Corpo Que Cai
“Morrer como um herói ou viver como um covarde.” – Inimigos Públicos
“Eu não sei tudo sobre tudo, sei apenas um pouco sobre quase nada.” – MIB: Homens de Preto
“Nunca deixe que ninguém diga que você não pode fazer uma coisa.” – À Procura da Felicidade
“Você pode viver com dignidade, mas não morrer com ela.” – House M.D.
“Nunca comece uma briga, mas sempre a termine.” – A Troca
“Não existe o certo nem o errado, só a opinião popular.” – Os 12 Macacos
“É difícil ficar zangado quando há tanta beleza no mundo.” – Beleza Americana
“As necessidades de muitos sobrepõem-se às necessidades de poucos… Ou a de um só.” – Star Trek
“A história é feita por aqueles que quebram as regras.” – Homens de Honra
“Descubra quem vocês são e tentem não ter medo disso.” – Nunca Fui Beijada
“Por que se uma máquina, um exterminador, pode aprender o significado e a importância da vida humana, acho que nós também podemos.” – O Exterminador do Futuro 2
“Não pode chover o tempo todo. O céu não pode cair para sempre. E embora a noite pareça longa, suas lágrimas não podem cair para sempre.” – O Corvo
“Eu sou o melhor no que eu faço, mas o que eu faço não é o melhor.” – X-Men Origins: Wolverine
“Não me arrependo de nenhum erro cometido, pois se não fossem eles jamais teria aprendido o que é errar.” – De Repente 30
“Se você aceita a derrota é só isso que vai conseguir.” – Desafiando os Gigantes
“Não sei se Deus existe, mas aquele dia no poço eu não estava sozinho!” – O Código Da Vinci
“Eu sei quem eu sou, não preciso dessas coisas pra me lembrar” – Efeito Borboleta
“Alguns pássaros não nasceram para viver em gaiolas.” – Um Sonho de Liberdade
“Se você olhar bem, verá que o mundo todo é um jardim!” – O Jardim Secreto

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Listão dos inimigos públicos nº 1 de Lula, que querem 'acabar com a raça' dele

Se dependesse desses políticos e partidos abaixo, o lugar de Lula seria aprisionado numa cela e incomunicável com o povo, igual ficou Nelson Mandela na África Sul por 27 anos.

PSDB, DEM, PPS, o PSOL, e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) usaram a torpeza de moveram ação com a finalidade de "acabar com a raça" de Lula no tapetão do judiciário, usando uma "reporcagem" torpe da revista Veja, alavancada por Gilmar Mendes, para fazer uma espécie de AI-5 contra Lula.

A lista dos inimigos públicos nº 1 de Lula, que querem 'acabar com a raça' dele:

Assinaram a representação torpe para cassar e aprisionar Lula:

Alvaro Dias e o deputado Bruno Araújo e Mendes Thame, assinando por todos do PSDB;
José Agripino Maia, assinando por todos do DEM;
Rubens Bueno,  assinando  por todos do PPS;
Randolfe Rodrigues,  assinando todos do PSOL;
Jarbas Vasconcelos, assinando só por ele mesmo, dissidente do PMDB

Os líderes dos partidos representaram seus caciques e, por isso, endossaram a trama:

Aécio Neves (PSDB-MG)
José Serra (PSDB-SP)
ACM Neto (DEM-BA)
Soninha Francine (PPS-SP)
Beto Richa (PSDB-PR)
Simão Jatene (PSDB-PA)
Siqueira Campos (PSDB-TO)
Anchieta Junior (PSDB-RR)
Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL)
Geraldo Alckmin (PSDB-SP)
Anastasia (PSDB-MG)
Marconi Perillo (PSDB-GO)
Duarte Nogueira (PSDB-SP)
Antonio Carlos Leréia (PSDB-GO)
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Sérgio Guerra (PSDB-PE)
etc.
e todos os demais membros do PSDB, DEM, PPS e PSOL que não se manifestaram publicamente contra essa torpeza de golpismo safado e sem-vergonha.

E não adianta quererem negar, porque quem não teve coragem de assinar, também não deu um pio contra a representação, e o PSDB até emitiu notas oficial falando em nome do partido e da oposição.

Todos políticos destes partidos estão no mesmo barco dos que querem 'acabar com a raça' de Lula de maneira torpe.

Eis o AI-5 demotucano e psolista contra Lula:

http://s.conjur.com.br/dl/representacao-oposicao-ex-presidente1.doc

Se queriam jogar para a platéia, 190 milhões de brasileiros da "platéia" vão ficar sabendo quem quer cassar e aprisionar Lula em conluio com a revista Veja, ligada ao bicheiro Cachoeira.

Vamos espalhar para todo mundo.

Vamos todos registrar na nossa listinha para nunca mais esquecer esses nomes e essas siglas que são inimigos públicos nº 1 de Lula e de lulistas.

Quem gosta de Lula, que digam um NÃO a esses nomes e siglas, na hora que vierem sorrir na TV ou dar tapinha nas costas pedindo voto. Quem não gosta de Lula que sigam esses golpistas e suas tropas da elite arcaica de Veja, Globo, Folha, Estadão, Gilmar.

Quem gosta de Lula, que vote em quem não quer acabar com a raça dele.

E não adianta depois virem pedir "desculpas" como fez ACM Neto quando disse que daria uma "surra" em Lula, pois ele é reincidente, quando o presidente de seu partido assina esse lixo.

Nem adianta vir dizer que não é bem assim, que "é as idéias que brigam", como fala Aécio Neves em público, mas age traiçoeiramente desta forma nos bastidores, como uma cascavel venenosa, pois seus líderes Álvaros Dias e Bruno Araújo assinaram esse lixo, e seu afilhado político Rodrigo de Castro (PSDB-MG) assinou nota à imprensa comunicando esse lixo em nome do partido.

Aécio Neves, nos bastidores, endossa "acabar com a raça de Lula"

Também não venham fazer propaganda enganosa, durante a campanha eleitoral, dizendo que são amigos de Lula desde criancinha, como a campanha de José Serra quis fazer em 2010.

E nem venham dizer que fazem "oposição responsável" como José Agripino Maia, que nada tem de responsável querer cassar Lula com base em "reporcagens" da revista Veja.

Adversários políticos podem ser respeitáveis, quando travam um debate franco e de peito aberto, por mais duro que seja. Há gente do PSOL, por exemplo, que era assim. Mas a assinatura de Randolfe Rodrigues nesse lixo, desmoraliza todo o partido.

Quando os projetos e ideologias brigam com efervescência, causa até admiração em adversários, mesmo com discordâncias. Até denúncias sérias são respeitáveis, pois a vida republicana precisa de constante depuração. Mas golpismos sem-vergonha só merecem repúdio, e nos fazem descartar até mesmo como segunda opção política, em casos de segundo turno.

Os demotucanos (incluindo o neo-demotucanos do PSOL) levam surra nas urnas, e querem dar o golpe no tapetão do judiciário, para acabar com a raça do presidente Lula e de seu legado.

Avisem aos demotucanos que a ditadura já acabou

Lula já ficou preso mais de um mês, na ditadura, pela afronta de se rebelar contra o arrocho salarial aos trabalhadores, para engordar os lucros de multinacionais remetidos para o exterior ou de empresários ricaços brasileiros que usavam a máquina repressiva da ditadura para explorar o trabalhador.

Dilma também já ficou presa na ditadura por rebelar-se contra a repressão a qualquer manifestação política nas ruas que desagradasse os ditadores e seus puxa-sacos como José Agripino Maia e o avô de ACM Neto.

Nenhum destes demotucanos e psolistas tem sequer moral para atacar Lula, ainda mais em defesa da revista Veja e do ministro do STF Gilmar Mendes.

Fizeram as suas escolhas e escolha preferencial por Veja-Gilmar. Que fiquem com elas.

De volta ao passado

“Mino Carta é um chato, se pudesse reescreveria os Evangelhos. Inimigo do regime, Geisel o detestava, mas não tinha rabo preso.” De um depoimento de João Baptista Figueiredo, gravado em 1988 durante um churrasco amigo e divulgado após a morte do último ditador da casta fardada.
No final de 1969, esta capa foi o maior desafio de Veja à
ditadura, mas já a da primeira edição dera problemas
É do conhecimento até do mundo mineral que nunca escrevi uma única, escassa linha para louvar os torturadores da ditadura, estivessem eles a serviço da Operação Bandeirantes ou do DOI-Codi. Ou no Rio, na Barão de Mesquita. E nunca suspeitei que a esta altura da minha longa carreira jornalística me colheria a traçar as linhas acima. Meu desempenho é conhecido, meus comportamentos também. Mesmo assim, há quem se abale a inventar histórias a meu respeito. Alguém que, obviamente, fica abaixo do mundo mineral.
Não me faltaram detratores vida adentro, ninguém, contudo, conseguiu provar coisa alguma que me desabonasse. Os atuais superam-se. Um deles se diz jornalista, outro acadêmico. Pannunzio & Magnoli, binômio perfeito para uma dupla do picadeiro, na hipótese mais generosa de uma farsa cinematográfica. Esmeram-se para demonstrar exatamente o que soletro há tempo: a mídia nativa prima tanto por sua mediocridade técnica quanto por sua invejável capacidade de inventar, omitir e mentir.
Afirmam que no meu tempo de diretor de redação de Veja defendi a pena de morte contra “terrorristas”, além de enaltecer o excelente trabalho da Oban. Outro inquisidor se associa, colunista e blogueiro, de sobrenome Azevedo. E me aponta, além do já dito, como um singular profissional que não aceita interferência do patrão. Incrível: arrogo-me mandar mais do que o próprio. Normal que ele me escale para o seu auto de fé. O Brasil é o único país do meu conhecimento onde os profissionais chamam de colega o dono da casa.
A bem de minha honra, Geisel me detestava.
Foto: AE
Não há nas calúnias que me alvejam o mais pálido resquício de verdade factual. Os textos que me atribuem para baseá-las nascem de uma mistificação. Pinçados ao acaso e fora do contexto, um somente é de minha autoria e nada diz que me incrimine. E pouparei os leitores de disquisições sobre minha repulsa visceral, antes ainda que moral, à prisão sem mandado, à tortura e à pena de morte. Quando o Estadão foi pioneiro na publicação de um artigo assinado Magnoli, limitei-me a escrever um breve texto para o site de CartaCapital, destinado a contar a história de outra peça de humorismo, escrita em 1970 por um certo Lenildo Tabosa Pessoa, redator, vejam só, do Estadão, e intitulada O Senhor Demetrio. Ou seja, eu mesmo, marcado no batismo por nome tão pesado.
Lenildo pretendia publicar seu texto no jornal, os patrões, Julio de Mesquita Neto e Ruy Mesquita, não deixaram. Surgiu em matéria paga o retrato de um hipócrita pretensamente refinado que, como Arlequim da política, servia ao mesmo tempo Máfia e Kremlin. O senhor Demetrio, de codinome Mino. Diga-se que Lenildo encontraria eco três anos depois no programa global de um facínora chamado Amaral Neto, também identificado como Amoral Nato, que repetia Lenildo no vídeo. Como se vê, tom e letra das calúnias estão sujeitos a mudanças ideológicas.
Ao negarem espaço nas páginas da sua responsabilidade à diatribe de Lenildo, os herdeiros do doutor Julinho quiseram respeitar a memória do meu pai, que trabalhou no Estadão por 16 anos, e meu honesto e leal desempenho na criação da Edição de Esporte e do Jornal da Tarde. O Estadão, evidentemente, não é mais o mesmo. Lenildo e Amaral Neto me tinham como perigoso subversivo de esquerda. Em compensação, hoje sou acusado de ter dirigido naquele mesmo 1970 uma Veja entregue “à bajulação, subserviência e propaganda da ditadura”. É espantoso, mas a semanal da Abril em 1970 era submetida à censura exercida na redação por militares. Eu gostaria de saber o que acham os senhores Pannunzio, Magnoli e Azevedo a respeito de quem na mídia brasileira se perfilava illo tempore ao lado da ditadura. Ou seja, quase todos.
E Arci, impávido, ofereceu a cabeça de Millôr Fernandes
ao ministro Golbery.
Fotos: Marcelo Carnaval e Manoel Amorim/Ag O Globo
Quem, de fato foi censurado? Os alternativos, então chamados nanicos, em peso, do Pasquim a Opinião, que depois se tornaria Movimento, sem exclusão de O São Paulo, o jornal da Cúria paulistana regida por dom Paulo Evaristo Arns. A Veja, primeiro por militares, depois por policiais civis no período Médici. Com Geisel, passou a ser censurada diariamente, de terça a sexta, nas dependências da Polícia Federal em São Paulo, e aos sábados, à época dia de fechamento, na própria residência de censores investidos do direito a um fim de semana aprazível. Enquanto isso, Geisel exigia que os alternativos submetessem seu material às tesouras censórias em Brasília, toda terça-feira.
Sim, o Estadão também foi censurado e com ele o Jornal da Tarde. A punição resultava de uma briga em família. O jornal apoiara o golpe, mas sonhava com a devolução do poder a um civil, desde que se chamasse Carlos Lacerda. Este não deixava por menos nas suas aventuras oníricas. O Estadão acabou sob censura, retirada contudo em janeiro de 1975, no quadro das celebrações do centenário do jornal. Carlos Lacerda foi cassado. Diga-se que ao Estadão permitia-se preencher os espaços vagos deixados pelos cortes com versos de Camões, em geral bem escolhidos, e ao Jornal da Tarde com receitas de bolo, às vezes discutíveis. O resto da mídia não sofreu censura. Não era preciso.
Julio Neto e Ruy Mesquita não dariam espaço às calúnias
de um tal de Magnoli.
Fotos: Alfredo Fiaschi/AE e AE
Quando me chamam para fazer palestras em cursos de jornalismo, sempre me surpreendo ao verificar que o enredo que acabo de alinhavar é ignorado pelos alunos e por muitos professores. Acham que a censura foi ampla, geral e irrestrita. Meus críticos botões observam que me surpreendo à toa. Pois não se trata de futuros Pannunzios, Magnolis e Azevedos? No caso deste senhor Reinaldo, vale acentuar uma nossa específica diferença. Não me refiro ao fato de que eu reputo Antonio Gramsci um grande pensador, enquanto ele o define como terrorista. A questão é outra.
Ocorre que, ao trabalhar e ao fazer estágios na Europa, entendi de vez que patrão é patrão e empregado é empregado, e que para dirigir redações o profissional é chamado por causa de sua exclusiva competência. Ao contrário do que se dá no Brasil, por lá não há diretores por direito divino. Por isso, ao deixar o Jornal da Tarde para tomar o comando dos preparativos do lançamento de Veja, me senti em condições de exigir certas garantias.
No Estadão tivera um excelente relacionamento com a família Mesquita, fortalecido pela lembrança que cultivavam de meu pai, iniciador da reforma do jornal que Claudio Abramo aprofundou e completou. Gozei na casa então ainda do doutor Julinho, filho do fundador, de grande autonomia, aquela que facilitou a criação de um diário de estilo muito próprio, arrojado na diagramação, em busca de qualidade literária no texto. Estava claro, porém, que a linha política seria a da família. Com os Mesquita me dei muito bem, foram de longe meus melhores patrões, talvez os remanescentes não percebam que por eles tenho afeto, embora, saído do Estadão, não me preocupasse em mostrar que minhas ideias não coincidiam com as deles.
E Golbery, gélido, disse: "Eu não pedi a cabeça de ninguém,
senhor Civita".
Foto: AE
Convidado finalmente pelos Civita para a empreitada de Veja, solicitei uma liberdade de ação diversa daquela de que gozara no Jornal da Tarde. Só aceitaria o convite se os donos da Abril, uma vez definida a fórmula da publicação, se portassem como leitores a cada edição, passível de discussão está claro, mas a posteriori, quer dizer, quando já nas bancas.
Pedido aceito. A primeira Veja, espécie de newsmagazine à brasileira, foi um fracasso. Além disso, já irritou os fardados por trazer na capa a foice e o martelo. A temperatura subiu com a segunda capa, a favor da Igreja politicamente engajada. A quinta, com a cobertura do congresso da UNE em Ibiúna, foi apreendida nas bancas. E também o foi aquela que celebrou a decretação do AI-5 no dia 13 de dezembro de 1968. Tempos difíceis. Mas a edição de mais nítido desafio aos algozes da ditadura é de mais ou menos um ano depois. A chamada de capa era simples e direta: “Torturas”, em letras de forma.
A história desta reportagem começou cerca de três meses antes, com uma investigação capilar conduzida por uma equipe de oito repórteres encabeçada por Raymundo Rodrigues Pereira. Foram levantados 150 casos, três deles nos detalhes mínimos. Emílio Garrastazu Médici acabava de ser escolhido para substituir a Junta Militar e pela pena do então coronel Octavio Costa acenava em discurso, pretensamente poético ao declinar a origem do novo ditador por dizê-lo vindo do Minuano, à necessidade do abrandamento da repressão. Raymundo e eu recorremos a um estratagema, e saímos com uma edição anódina para celebrar o vento gaúcho. Falávamos da posse, da composição do ministério, do discurso. Chamada de capa: “O Presidente Não Admite Torturas”.
Ofereço este número de Veja à aguda análise de Pannunzios, Magnolis, Azevedos e quejandos. (Nada a ver com queijo.) Bajulação e subserviência estão ali expostas da forma mais redonda. Naquele momento, a mídia foi atrás de Veja, e por três dias falou-se mais ou menos abertamente de tortura. Logo veio a proibição, que Veja ignorou. Na noite de sexta-feira a reportagem da equipe de Raymundo descia à gráfica para arrolar 150 irrefutáveis casos de tortura, dos quais três em detalhes. Ao mesmo tempo, eu mandava cortar os telefones da Abril para impedir ligações de quem pretendesse interferir, autoridades, patrões e intermediários. A edição foi apreendida nas bancas, e logo desembarcou na redação a censura dos militares.
Este sim, "nosso Trotski", a Arci pediu minha
 cabeça e conseguiu.
Foto: AE
Quando ouvi falar em distensão pela primeira vez, meados de 1972, pela boca do general Golbery, à época presidente da Dow Chemical no Brasil, pareceu-me possível alguma mudança na sucessão de Médici. De fato, Golbery, que vinha de conhecer, articulava na sombra a candidatura de Ernesto Geisel, títere sob medida para as suas artes de titereiro. Meados de 1973, assenta-se a candidatura obrigatória de Geisel. Alguns meses após, ministério em gestação, Golbery, futuro chefe da Casa Civil à revelia de Médici, me sugere uma conversa com o recém-convocado para a pasta da Justiça, Armando Falcão. Assunto: fim da censura em clima de distensão.
Conversei duas vezes com Falcão enquanto Roberto Civita entre janeiro e fevereiro de 1974 apontava em Hugh Hefner um notável filósofo da modernidade. Mal assumiu a pasta, dia 19 de março de 1974, Falcão chamou-me a Brasília para comunicar que a censura se ia naquele instante. Sublinhei: “Sem compromisso algum de nossa parte”. “Claro, claro”, proclamou, e me deu de presente seu livro de recente publicação, intitulado A Revolução Permanente. Mais tarde Golbery comentaria: “Falcão é o nosso Trotski”.
Três semanas após, a censura voltou, mais feroz do que antes. Duas reportagens causaram a costumeira irritação, fatal foi uma charge de Millôr Fernandes. Em revide, decretava-se que a censura seria executada em Brasília às terças-feiras. Fui visitar Golbery no dia seguinte, eu estava de veneta rebelde, levei meus dois filhos meninotes, e andei pela capital federal de limusine. No meu livro de próxima publicação, O Brasil, a sair pela Editora Record como O Castelo de Âmbar, descrevo assim a visita ao chefe da Casa Civil.
“A secretária do ministro, dona Lurdinha, senhora de modos caseiros, redonda rola sobre o carpete sem perder o sorriso, chega-se ao meu ouvido, murmura: “Veio também o senhor Roberto Civita, quer ser recebido mas não tem hora marcada”. Não deixo que o tempo se estique inutilmente, tomo a visão panorâmica da antessala e vejo Arci, entalado em uma poltrona com expressão perdida na paisagem da savana descortinada além das vidraças. “Que faz aqui?” E ouço meu próprio latido.
“Vici me contou que você viria, e eu gostaria…”
“Você não pediu audiência, não tem hora”, proclamo.
Ele insiste, à beira da imploração. O meu tom chama a atenção de Manuela e Gianni, encaram a cena sem entender o assunto, percebem porém que o pai está muito irritado, enquanto o outro tem jeito de pedinte. Lurdinha traz uma laranjada para as crianças e avisa que o general está à espera. Admito: “Você entra comigo, mas se compromete a não abrir a boca”. Ele promete.
Na conversa que se segue no gabinete da Casa Civil, o meu argumento é óbvio, Veja é uma revista semanal que encerra o trabalho na noite de sábado e vai às bancas às segundas-feiras, obrigá-la a submeter textos e fotos aos censores na terça significa inviabilizá-la. Pergunto a Golbery: “Os senhores pretendem que Veja simplesmente acabe?” Não, nada disso. “Então é preciso pôr em prática outro sistema.”
O chefe da Casa Civil entende e concorda. Diz: “Vá até o Ministério da Justiça, fale com Falcão, a Lurdinha já vai avisá-lo, diga a ele que vamos procurar uma saída até amanhã no máximo, a próxima edição tem de sair regularmente”.
Golbery fica de pé, hora da despedida. O general não conhecia o patrãozinho que até aquele momento cumpriu a promessa feita na antessala. E de supetão abre a boca: “General, se o senhor acha que devemos tomar alguma providência em relação ao Millôr Fernandes…”
Golbery fulminou-o: “Senhor Civita, não pedi a cabeça de ninguém”.
Poucos entenderam que o Minuano
poderia despertar ciclones.
Foto: Reprodução
Vici e Arci, ou seja, Victor Civita e Roberto Civita, assim se chamavam no castelo envidraçado à beira do Tietê, esgoto paulistano ao ar livre. Esse entrecho já o desenrolei em O Castelo de Âmbar sem merecer desmentido e o próprio Millôr o colocou no ar do seu blog logo após a publicação no final de 2000. Ao sair do gabinete de Golbery, eu disse a Roberto Civita “você é mesmo cretino”, como depois o definiria na conversa de despedida com o pai Victor, mas poderia dizer coisa muito pior. Quanto à minha saída da direção de Veja e de conselheiro board abriliano, descrevi o evento em editorial de poucas semanas atrás. Faço questão de salientar, apenas e ainda, que não fui demitido, e sim me demiti para não receber um único centavo das mãos de um Civita, nem que fosse a comissão pelo empréstimo de 50 milhões de dólares recebidos pela Abril da Caixa Econômica Federal, juntamente com o fim da censura, em troca da minha cabeça. A revista prontamente caiu nos braços do regime.
A partir daí, tive de inventar meus empregos para viver. Ou por outra, para viver com um salário infinitamente menor (insisto, infinitamente) do que aquele dos importantes da imprensa, e nem se fale daqueles da televisão. Ganham mais que os europeus e de muitos americanos. Em outro país, um jornalista com o meu passado não sofreria as calúnias de Pannunzios, Magnolis e Azevedos, e de vários que os precederam. Muito representativos de uma mídia que manipula, inventa, omite e mente. Observem os fatos e as mentiras da atualidade imediata, o caso criado pelo protagonismo de Gilmar Mendes e pela ferocidade delirante dos chapa-branca da casa-grande. Além do mais, há em tudo isso um traço profundo de infantilidade, um rasgo abissal, a provar o estágio primitivo da sociedade do privilégio, certa de que a senzala aplaude Dilma e Lula e mesmo assim se conforma, resignada, dentro dos seus habituais limites.
Os caluniadores são, antes de mais nada, covardes. Sentem as costas protegidas pela falta generalizada de memória, ou pela pronta inclinação ao esquecimento. Pela impunidade tradicional garantida por uma Justiça que não pune o rico e poderoso. Pelo respaldo do patrão comprometido com a manutenção do atraso em um país onde somente 36% da população conta com saneamento básico, e 50 mil pessoas morrem assassinadas ano após outro. Confiam no naufrágio da verdade factual, pela enésima vez, e que tudo acabe em pizza, como outrora se dizia, a começar pela CPI do Cachoeira e pela pantomima encenada por Gilmar Mendes. E que o tempo, vertiginoso e fulminante como sempre, se feche sobre os fatos, sobre mais uma grande vergonha, como o mar sobre um barco furado.
Mino Carta
No CartaCapital

Gilmar não é o Supremo



Dalmo Dallari advertiu que, se Gilmar chegasse ao Supremo, estariam “correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional”. Pelo que estamos vendo, Dallari tinha toda a razão.


A  seguir, mais um ponto de vista sobre o imbróglio Gilmar-VEJA-Lula. Agora um artigo do grande jornalista Mauro Santayana, do Jornal do Brasil, em que ele trata daquele que, segundo Dallari, "degrada o Judiciário".




Gilmar não é o Supremo

Mauro Santayana

Engana-se o Sr. Gilmar Mendes, quando denuncia uma articulação conspiratória contra o Supremo Tribunal Federal, nas suspeitas correntes de que ele, Gilmar, se encontra envolvido nas penumbrosas relações do Senador Demóstenes Torres com o crime organizado em Goiás.

A articulação conspiratória contra o Supremo partiu de Fernando Henrique Cardoso, quando indicou o seu nome para o mais alto tribunal da República ao Senado Federal, e usou de todo o rolo compressor do Poder Executivo, a fim de obter a aprovação. Registre-se que houve 15 manifestações contrárias, a mais elevada rejeição em votações para o STF nos anais do Senado.

Com todo o respeito pelos títulos acadêmicos que o candidato ostentava – e não eram tão numerosos, nem tão importantes assim – o Sr. Gilmar Mendes não trazia, de sua experiência de vida, recomendações maiores. Servira ao Sr. Fernando Collor, na Secretaria da Presidência, e talvez não tenha tido tempo, ou interesse, de advertir o Presidente das previsíveis dificuldades que viriam do comportamento de auxiliares como P.C. Farias. Afastado do Planalto durante o mandato de Itamar, o Sr. Gilmar Mendes a ele retornou, como Advogado Geral da União de Fernando Henrique Cardoso. Com a aposentadoria do ministro Néri da Silveira, Fernando Henrique o levou ao Supremo. No mesmo dia em que foi sabatinado, o jurista Dalmo Dallari advertiu que, se Gilmar chegasse ao Supremo, estariam “correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional”. Pelo que estamos vendo, Dallari tinha toda a razão.

Gilmar, como advogado geral da União – e o fato é conhecido –, recomendara aos agentes do Poder Executivo não cumprirem determinadas ordens judiciais. Como alguém que não respeita as decisões da justiça pode integrar o mais alto tribunal do país? Basta isso para concluir que Fernando Henrique, ao nomear o Sr. Gilmar Mendes, demonstrou o seu desprezo pelo STF. O Supremo, pela maioria de seus membros, deveria ter o poder de veto em casos semelhantes.

Esse comportamento de desrespeito – vale lembrar – ocorreu também quando o Sr. Francisco Rezek renunciou ao cargo de Ministro do Supremo, a fim de se tornar Ministro de Relações Exteriores, e voltou ao alto tribunal, re-indicado pelo próprio Collor. O episódio, tal como a posterior indicação de Gilmar, trouxe constrangimento à República. Ressalve-se que os conhecimentos jurídicos de Rezek, na opinião dos especialistas, são muito maiores do que os de Gilmar. Mas se Rezek não servia como chanceler, por que deveria voltar ao cargo de juiz a que renunciara? São atos como esses, praticados pelo Poder Executivo, que atentam contra a soberania da Justiça, encarnada pelo alto tribunal.

A nação deve ignorar o esperneio do Sr. Gilmar Mendes. Ele busca a confusão, talvez com o propósito de desviar a atenção do país das revelações da CPI. O Congresso não se deve intimidar pela arrogância do Ministro, e levar a CPMI às últimas consequências; o STF deve julgar, como se espera, o processo conhecido como mensalão, como está previsto. Acima dos três personagens envolvidos na conversa estranha que só o Sr. Mendes confirma, lembremos o aviso latino, de que testis unus, testis nullus, está a Nação, em sua perenidade. Está o povo, em seus direitos. Está a República, em suas instituições.

O Sr. Gilmar Mendes não é o Supremo, ainda que dele faça parte. E se sua presença naquele tribunal for danosa à estabilidade republicana – sempre lembrando a forte advertência de Dallari – cabe ao Tribunal, em sua soberania, agir na defesa clara da Constituição, tomando todas as medidas exigidas. Para lembrar um autor alemão, Carl Schmitt, que Gilmar deve conhecer bem, soberano é aquele que pratica o ato necessário.

JBOnline